terça-feira, 17 de junho de 2008

“Quem disse que a massa não pensa?”

Assistindo à aula de “Teorias da Comunicação” essa pergunta proferida pelo meu professor me chamou atenção. Percebi que ele argumentava sobre a teoria de Paul Lazrsfeld, que em suas premissas básicas determinava que é característica do ser humano a capacidade de fazer escolhas.
Concordo com o Lazrsfeld, o público não é passivo a tudo que é veiculado na mídia, ele procura e escolhe sempre algo que combine com suas idéias, gostos e convicções.
Talvez algumas muitas pessoas caracterizem a massa como inativa diante da mídia pelo simples fato de ser mais fácil acreditar que a culpa de tudo de negativo que acontece em relação à intelectualidade de uma população e suas atitudes seja da mídia alienadora que joga idéias prontas para um público que forçadamente tem que absorver.
Respondendo à pergunta desse meu professor e ao título dessa postagem vos digo, caros leitores, que quem disse que a massa não pensa foram os criadores da teoria da “agulha hipodérmica” da qual eu discordo, pois afirma que a mídia é a grande poderosa que injeta a todo momento conteúdos que serão passivamente absorvidos pela massa inoperante. Muitos seguidores atuais dessa teoria continuam a nos chamar de animais desprovidos da capacidade de raciocínio.
Não! Essa idéia de massa passiva precisa acabar. Somos seres humanos, temos nossos gostos, pensamos, escolhemos, rejeitamos algumas coisas e aceitamos outras.
Eu não serei hipócrita de dizer que a mídia não sirva para reforçar idéias e hábitos nem sempre benéficos à sociedade, mas cabe ao público selecionar o que é bom ou ruim para si. Um pouco de informação, de fato importante, cultura e conhecimento é sem dúvida o segredo para a conscientização da massa.
Não estou aqui querendo defender os meios de comunicação de massa, pelo contrário, quero exaltar o poder do público diante deles.

9 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...
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Anônimo disse...

Massa mesmo! Botei foi fé xD
Concordo contigo, Camila ;]
Parabéns pelo blog!
ass Hélem o/

Raissa Nolleto disse...

.. Concordo e discordo.. acho que não é que a massa não pense, mas aquela pessoa que passa o dia todo no trabalho, quando chega em casa faz logo o quê? ligar a televisão e querendo ou não está pensando o pensamento alheio(?) querendo ou não ela terá uma ideia imposta na sua cabeça, e todo o seu modo de vida (pensar, agir) será influenciado pela mídia, por isso é MASSA, homogeneidade, um unico pensamento para todos.
E quem diz o que deve ser pensado: lá mídia..


.. rsrsrs.. minha nova meta..
.. amuh tuh tramon..

Anônimo disse...

Idade Mídia.

Anônimo disse...

ruuum um blog desses, escrevendo assim... sei não, mas acho q isso é sintoma de paixão crônica pelo jornalismo, e se não me engano essa Maria vai ser uma jornalista engajada, mt sucesso, sem dúvida, taí minha profecia Géssica

Idoval Graco disse...

os idealizadores destas idéias não levaram em consideração que cada ser humana é uma grande ilha,e que apesar da massificação,a individualidade ainda existe.A mídia não tem controle sobre o individuo pois existe influencias vindas de outros lugares a saber a familia,religiao,amigose o proprio eu.

Aécio Santos disse...

Sim, a massa pensa! Porém, para isso é nescessário um mínimo de conhecimento, educação, coisa que, infelizmente, nem todo brasileiro tem.

Alencar disse...

Eu tenho o controle pra' mudar de canal', até mesmo pra nem ligar a televisão, certo.

Mas é muito fácil ( bonito e confortável) falar em senso crítico quando se está na “universitariolândia”, em "revoluir" concepções.

Os teóricos têm razão, a hipodérmica é ingênua e simplista demais, concordo, o que não quer dizer que não existam outras maneiras de controle. O discurso midiático também sabe jogar seu próprio jogo.

Walter Benjamim acreditou na democratização da cultura também, e em certo nível é bem sucedido. Em contextos históricos definidos essa democratização foi feliz. A indústria cultural e o desenvolvimento da elite cultural põem um fim no sorriso do Walter, quando o capitalismo vence e impõe seu preço de acesso a tudo.

E eu não creio que todos sejam minimamente existencialistas para atribuir a si mesmo todas as responsabilidades sobre si mesmo. O pensamento de conjunto, de massa, é a fonte de poder mais incrível de domínio, desnecessário dizer que sua manutenção é uma forte base estrutural da sociedade atual.

A situação é o seguinte: estamos todos juntos, mas não fazemos parte de nada efetivamente.