Assistindo à aula de “Teorias da Comunicação” essa pergunta proferida pelo meu professor me chamou atenção. Percebi que ele argumentava sobre a teoria de Paul Lazrsfeld, que em suas premissas básicas determinava que é característica do ser humano a capacidade de fazer escolhas.
Concordo com o Lazrsfeld, o público não é passivo a tudo que é veiculado na mídia, ele procura e escolhe sempre algo que combine com suas idéias, gostos e convicções.
Talvez algumas muitas pessoas caracterizem a massa como inativa diante da mídia pelo simples fato de ser mais fácil acreditar que a culpa de tudo de negativo que acontece em relação à intelectualidade de uma população e suas atitudes seja da mídia alienadora que joga idéias prontas para um público que forçadamente tem que absorver.
Respondendo à pergunta desse meu professor e ao título dessa postagem vos digo, caros leitores, que quem disse que a massa não pensa foram os criadores da teoria da “agulha hipodérmica” da qual eu discordo, pois afirma que a mídia é a grande poderosa que injeta a todo momento conteúdos que serão passivamente absorvidos pela massa inoperante. Muitos seguidores atuais dessa teoria continuam a nos chamar de animais desprovidos da capacidade de raciocínio.
Não! Essa idéia de massa passiva precisa acabar. Somos seres humanos, temos nossos gostos, pensamos, escolhemos, rejeitamos algumas coisas e aceitamos outras.
Eu não serei hipócrita de dizer que a mídia não sirva para reforçar idéias e hábitos nem sempre benéficos à sociedade, mas cabe ao público selecionar o que é bom ou ruim para si. Um pouco de informação, de fato importante, cultura e conhecimento é sem dúvida o segredo para a conscientização da massa.
Não estou aqui querendo defender os meios de comunicação de massa, pelo contrário, quero exaltar o poder do público diante deles.
terça-feira, 17 de junho de 2008
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9 comentários:
Massa mesmo! Botei foi fé xD
Concordo contigo, Camila ;]
Parabéns pelo blog!
ass Hélem o/
.. Concordo e discordo.. acho que não é que a massa não pense, mas aquela pessoa que passa o dia todo no trabalho, quando chega em casa faz logo o quê? ligar a televisão e querendo ou não está pensando o pensamento alheio(?) querendo ou não ela terá uma ideia imposta na sua cabeça, e todo o seu modo de vida (pensar, agir) será influenciado pela mídia, por isso é MASSA, homogeneidade, um unico pensamento para todos.
E quem diz o que deve ser pensado: lá mídia..
.. rsrsrs.. minha nova meta..
.. amuh tuh tramon..
Idade Mídia.
ruuum um blog desses, escrevendo assim... sei não, mas acho q isso é sintoma de paixão crônica pelo jornalismo, e se não me engano essa Maria vai ser uma jornalista engajada, mt sucesso, sem dúvida, taí minha profecia Géssica
os idealizadores destas idéias não levaram em consideração que cada ser humana é uma grande ilha,e que apesar da massificação,a individualidade ainda existe.A mídia não tem controle sobre o individuo pois existe influencias vindas de outros lugares a saber a familia,religiao,amigose o proprio eu.
Sim, a massa pensa! Porém, para isso é nescessário um mínimo de conhecimento, educação, coisa que, infelizmente, nem todo brasileiro tem.
Eu tenho o controle pra' mudar de canal', até mesmo pra nem ligar a televisão, certo.
Mas é muito fácil ( bonito e confortável) falar em senso crítico quando se está na “universitariolândia”, em "revoluir" concepções.
Os teóricos têm razão, a hipodérmica é ingênua e simplista demais, concordo, o que não quer dizer que não existam outras maneiras de controle. O discurso midiático também sabe jogar seu próprio jogo.
Walter Benjamim acreditou na democratização da cultura também, e em certo nível é bem sucedido. Em contextos históricos definidos essa democratização foi feliz. A indústria cultural e o desenvolvimento da elite cultural põem um fim no sorriso do Walter, quando o capitalismo vence e impõe seu preço de acesso a tudo.
E eu não creio que todos sejam minimamente existencialistas para atribuir a si mesmo todas as responsabilidades sobre si mesmo. O pensamento de conjunto, de massa, é a fonte de poder mais incrível de domínio, desnecessário dizer que sua manutenção é uma forte base estrutural da sociedade atual.
A situação é o seguinte: estamos todos juntos, mas não fazemos parte de nada efetivamente.
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