sexta-feira, 27 de junho de 2008

Festa Junina: influência da Europa no NE do Brasil

O mês de Junho já está acabando, mas ainda dá tempo de falar dessa belíssima festa da cultura popular.

As festas juninas, que têm influências portuguesas, francesas e espanholas misturadas com a cultura dos negros e índios que se encontravam no Brasil durante a colonização, encantam o país de Norte a Sul. Mas é no Nordeste que elas tomam uma dimensão maior. As quadrilhas, as toadas de bois, o forró, o xaxado, as comidas típicas (paçoca, pamonha, bolo de milho e mais um monte de delícias) fazem parte dessa comemoração aos santos do mês de Junho e às raras chuvas que caem no Sertão.

Aqui em Teresina temos um festival muito bacana, o Encontro Nacional de Folguedos realizado no Parque Potycabana. O evento reúne esse ano (XXXII edição) 180 grupos culturais de 10 estados do país. Espera-se 250 mil pessoas nos 10 dias (20/06 a 29/06) de muita festa e cultura.
Vale a pena conferir!

Mas tenho uma observação a fazer.
Quando eu era criança eu lembro que via pelo menos umas três fogueiras acesas na rua nos “dias santos”. Este ano não me lembro de ter visto alguma. Ou a população está bastante preocupada com o meio ambiente ou está deixando de lado certas tradições.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ainda existe gente honesta

Malas de dinheiro, notebooks, mp4... Os objetos esquecidos quase sempre são devolvidos e ao contrário do que se pensa, os brasileiros (excetuando-se os políticos) têm se mostrado bastante honestos.
Estou no ônibus, segunda-feira, voltando da universidade quase chegando em casa. Procuro meu mp4. Cadê? Perdi. A última vez que o vi foi num trailer de xérox lá na UFPI quando fui imprimir um trabalho que estava salvo nele.
Era quase uma certeza que eu nunca mais o viria.
-Será que eu deixei na xérox? Não sei, mas tudo indica que sim!
Já tinha preparado toda uma “pressão psicológica” caso o rapaz dissesse que não tinha ficado lá.
No dia seguinte me dirigi ao local torcendo pra que aquele moço fosse um desses que ainda prezam pela dignidade e honestidade. E era!
Ele poderia simplesmente que não ficou lá e não ceder às minhas “pressões psicológicas”. Mas não, ele rapidamente me entregou o mp4. E eu agradeci feliz.
É por episódios como esse e pessoas como essa que eu acredito que o Brasil ainda tem jeito!

sábado, 21 de junho de 2008

Em defesa do “Bom dia”


Li um texto de Inácio Loyola Brandão publicado, já faz um tempo, em “O Estado de São Paulo” e um trecho me fez refletir sobre os atuais comportamentos da humanidade. Em especial sobre a comunicação entre as pessoas, ou melhor, a falta de.

“Passo e os sem-teto me olham. Cumprimento, bom-dia, bom-dia. Recebem o cumprimento com surpresa, quase estupor. Ninguém lhes dá bom-dia. Respondem alegremente e o bom-dia deles é caloroso, acompanhado de um sorriso, os rostos se iluminam. Tão fácil desejar bom-dia, parece fazer tão bem. Por que as pessoas são tão mesquinhas nos cumprimentos?”

É raro ver alguém cumprimentar o outro, e quando isso acontece, quase sempre, o falar se resume a um “E aí..”.
Com os fones sempre enterrados nos ouvidos, a maioria das pessoas ignora a presença do outro. Tornam-se cada vez mais egoístas, isoladas do mundo e do resto da sociedade.
Voltemos, senão aprendamos, a desejar “Bom dia”, “Boa tarde”, ‘Boa noite” ao amigo, ao vizinho, ao padeiro, ao sem-teto, ao motorista, ao passageiro do ônibus que senta ao lado...

terça-feira, 17 de junho de 2008

“Quem disse que a massa não pensa?”

Assistindo à aula de “Teorias da Comunicação” essa pergunta proferida pelo meu professor me chamou atenção. Percebi que ele argumentava sobre a teoria de Paul Lazrsfeld, que em suas premissas básicas determinava que é característica do ser humano a capacidade de fazer escolhas.
Concordo com o Lazrsfeld, o público não é passivo a tudo que é veiculado na mídia, ele procura e escolhe sempre algo que combine com suas idéias, gostos e convicções.
Talvez algumas muitas pessoas caracterizem a massa como inativa diante da mídia pelo simples fato de ser mais fácil acreditar que a culpa de tudo de negativo que acontece em relação à intelectualidade de uma população e suas atitudes seja da mídia alienadora que joga idéias prontas para um público que forçadamente tem que absorver.
Respondendo à pergunta desse meu professor e ao título dessa postagem vos digo, caros leitores, que quem disse que a massa não pensa foram os criadores da teoria da “agulha hipodérmica” da qual eu discordo, pois afirma que a mídia é a grande poderosa que injeta a todo momento conteúdos que serão passivamente absorvidos pela massa inoperante. Muitos seguidores atuais dessa teoria continuam a nos chamar de animais desprovidos da capacidade de raciocínio.
Não! Essa idéia de massa passiva precisa acabar. Somos seres humanos, temos nossos gostos, pensamos, escolhemos, rejeitamos algumas coisas e aceitamos outras.
Eu não serei hipócrita de dizer que a mídia não sirva para reforçar idéias e hábitos nem sempre benéficos à sociedade, mas cabe ao público selecionar o que é bom ou ruim para si. Um pouco de informação, de fato importante, cultura e conhecimento é sem dúvida o segredo para a conscientização da massa.
Não estou aqui querendo defender os meios de comunicação de massa, pelo contrário, quero exaltar o poder do público diante deles.